Celebrando a Solenidade de Cristo Rei, próximo dia 20, a Igreja encerra o ano litúrgico. Mateus, no capítulo 25, apresenta os três “passos” sobre o que precisa ser feito agora em vista do “fim”: é preciso adquirir o óleo (=o Espírito Santo), que consiste em redobrar o dom de amor recebido (talentos), amando Jesus nos irmãos mais pequenos (vv.31-46).
O julgamento que o rei – Jesus, em sua condição glorificada – fará de nós no “fim” é o mesmo que nós fazemos dos pobres agora. Na realidade, nós é que O julgamos, acolhendo-o ou rejeitando-o. Ele não fará senão constatar o que nós fizemos. No fim, lerá o que nós mesmos escrevemos com a nossa vida. Somos julgados por aquilo que fizemos ao outro. O outro que nós vemos é sempre o Outro que nós não vemos. O primeiro mandamento que é semelhante ao segundo. O Senhor se fez nosso próximo e está sempre conosco no sinal do Filho do Homem (Mt 24,30), assim como foi o sinal de Jonas (Mt 19,39): o do Crucificado, que tem o rosto de todos os condenados da terra!
À pergunta de Pilatos, se é rei ou não, Cristo reponde: “Tu o dizes”(Mc 15,2). Porém, deixa bem claro- “O meu reino não é deste mundo” (Jo 18,36). Na Oração dominical dizemos: “Venha a nós o vosso reino” (MT 6,10).
Cristo cumpriu a Missão. A humanidade está glorificada em Cristo. A história terminará positivamente. Temos razões para crer, amar e esperar. E enquanto esperamos a manifestação gloriosa de Cristo e do seu Reino, abrimos o coração e arregaçamos as mangas para construir, com Ele, o reino eterno e universal: reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, e da paz, da liberdade e do amor, como a igreja ora nesta solenidade de Cristo Rei. No fim seremos julgados pelo que não fizemos: “em verdade, em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a Mim que não o fizestes” (Mt 25, 45).
Padre Irineu Brisch
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