sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Reino

Celebrando a Solenidade de Cristo Rei, próximo dia 20, a Igreja encerra  o ano litúrgico. Mateus, no capítulo 25, apresenta os três “passos” sobre o que precisa ser feito agora em vista do “fim”:  é preciso adquirir  o óleo (=o Espírito Santo), que consiste em redobrar o dom de amor recebido (talentos), amando Jesus nos irmãos mais  pequenos (vv.31-46).
O julgamento que o rei – Jesus, em sua condição glorificada – fará de nós no “fim” é o mesmo que nós fazemos dos pobres agora. Na realidade, nós é que O julgamos, acolhendo-o ou rejeitando-o.  Ele não fará senão constatar o que nós fizemos. No fim, lerá o que nós mesmos escrevemos com a nossa vida.   Somos julgados por aquilo que fizemos ao outro. O outro que nós vemos é sempre o Outro que nós não vemos. O primeiro mandamento que é semelhante ao segundo.  O Senhor se fez nosso próximo e está sempre conosco no sinal do Filho do Homem (Mt 24,30), assim como foi o sinal de Jonas (Mt 19,39): o do Crucificado, que tem o rosto de todos os condenados da terra!
À pergunta de Pilatos, se é rei ou não, Cristo reponde: “Tu o dizes”(Mc 15,2).    Porém,  deixa bem claro- “O meu reino não é deste mundo” (Jo 18,36).  Na Oração dominical dizemos: “Venha a nós o vosso reino” (MT 6,10).
Cristo cumpriu a Missão. A humanidade está glorificada em  Cristo.  A  história terminará positivamente.  Temos razões para crer, amar e esperar. E enquanto esperamos a manifestação gloriosa de Cristo e do seu  Reino, abrimos o coração e arregaçamos  as mangas para construir, com Ele, o reino eterno e universal: reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino  da  justiça,  e da  paz, da  liberdade e do amor, como a igreja ora nesta solenidade de Cristo Rei.  No fim seremos julgados pelo que não fizemos: “em verdade, em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos,  foi  a Mim que não o fizestes” (Mt 25, 45).  
Padre Irineu Brisch

Nenhum comentário:

Postar um comentário